Nostalgia... É tão bom relembrar momentos, histórias, alegrias passadas... Voltando de Caruaru – não lembro bem o motivo – comecei a falar sobre algumas amizades que tive e que ainda tenho. Amizades essas, muito loucas, por sinal, loucura de todos os sentidos em que se possa imaginar... Cheguei à conclusão que eu realmente atraio pessoas mais loucas, acho que pelo fato de ser um pouco calmo, na maioria das vezes, vale salientar. Aquela tese que realmente os opostos se atraem. Na volta à Recife falei dessas amizades, referindo-me mais especificamente as amizades que fiz no 2º grau do colégio em que estudei. Relembrava com tanta empolgação, com alegria e com orgulho, por mais sem noção ou quão errado fossem... Ao chegar em casa, lá pras tantas, naturalmente ocorreu o momento das fotografias, ao lado de minha tia, cunhada e amigos... Vi meu álbum de festa de 1 ano de idade e lembrei de algo que nunca tinha visto: uma foto com toda minha família reunida. Não que a nossa família seja desunida, mas é que não se tem muitas fotos do passado e as poucas que tinham, meu irmão cortava escondido, pois se achava feio nas mesmas rsrs. Quando olhei aquela foto, fiquei emocionado, juro! Ter saudades é a prova viva de que somos felizes. Felicidade pelo que fomos um dia ou pelo que vivemos há um tempo e que continuamos felizes, pelo simples fato de também sentir saudade de uma gargalhada ao lado do seu amigo ontem, ou por ter saudade de comer sem culpa algumas horas atrás, ou ter saudade daquele beijo ou abraço dado a segundos em alguém que se ama.
“...E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...”
Clarice Lispector
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