terça-feira, 24 de maio de 2011

Se é que você me entende


E por falar em futilidades! Teria, possuía e usava! Não obstante, isso não o indicava como uma figura fútil. Afinal de contas todos têm momentos frívolos, desde uma pequena afeminação (frescura, por assim dizer!), até mesmo uma nova roupa adquirida para uma nova ocasião. Isso não apontava como tal, a não ser por uma maior prevalência da ação. Seria isso motivo para uma ruptura, ou seria um eufemismo pra outro tipo de porém? Seria isso um incômodo, um despeito? Uma inveja branca? Vai saber! Vestir-se-ia pomposamente, modificaria o cabelo, argumentaria em bom tom, e se necessário, usaria até do Naturalismo, do Cortiço. Já dizia alguém, que não saberia quem: o homem é um ser mutável, logo inconstante. E sua variabilidade, na sua grande maioria, era proveniente de uma ação já ofertada. Sendo assim, continuaria provocando certa falta de admiração!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pretérito imperfeito


Acostumemos com as pequenas mortes... As pequenas mortes seria sua definição para todas as rupturas indesejadas que fazemos na vida. Laços desfeitos... Relacionamentos que findam à estagnação. Despedidas necessárias! As pequenas mortes, em suma, estão relacionadas aos desapegos executados.Tudo passa, conseguintemente tudo se vai! Por vezes essa afirmação torna-se dolorosa, outrora se mostra confiante, otimista, reveladora... Mais uma vez, sua inquietude por não conseguir manter tudo que é satisfatório de modo sólido e perene. Seriam as pequenas mortes um aviso para uma melhor “aceitação” da passagem definitiva? Ou as pequenas mortes seriam algo até mais cruciante do que uma morte propriamente dita? Possivelmente! Finalizar algo em vida torna-se mais massacrante, pois o ato concluído ainda permanece presente. Beira quase a uma tortura psicológica! Existe um “consolo” na morte, ao passo em que não pode ser feito mais nada, a não ser dedicar uma boa “partida” à pessoa em questão, ao contrário dessas minúsculas, porém grandes perdas que se encontram à espreita, pelo menos por um período... As pequenas mortes é algo reticente, por isso toda ânsia em não vivenciá-las, sendo o homem um ser tão mutável.  Somos presos às boas lembranças, à saudades, à histórias benéficas. Somos presos a um passado que se encontra ainda presente! Na verdade, ele nem passou... Por isso é sempre necessário ratificar: tudo passa! O tempo é a melhor posologia! O tempo é superador!

terça-feira, 10 de maio de 2011

"Você tem fome de que?"


Somos carentes! Já dizia uma grande amiga sua, se desvencilhando de tal palavra...  Seria a carência o mal do século? Ou o mal de sempre? A carência é resultado de todas as atitudes antagônicas e violentas do ser humano. Metalinguisticamente falando, a carência é definida como falta, necessidade, privação. Com isso abrangemos nosso espectro de vários modelos de carências. Ela se multiplica como um caleidoscópio de lacunas. O equívoco é usar de tal privação buscando o contrário do necessitado. Pela carência as pessoas tornam-se mais frias, mais cruéis e menos tolerantes. E as conseqüências? Estas serão poupadas, visto que já são bem evidenciadas nos telejornais da vida! Precisa-se de apoios, de ombros, de mãos unidas e até de músicas contagiantes e frase de efeitos para suprir tal ausência. Soou piegas? Desculpe meu caro! Também necessitamos do piegas, da “breguice” e até da emoção em comerciais capitalistas! Ou esqueceram-se da época em que chorávamos em comerciais de margarina? Só não podemos continuar robóticos e incrédulos. O mundo carece de respeito, atenção e consideração. Carece de oponentes à carência!. O respeito é a bola mestre para as carências humanas. Só assim, poderemos interceder ao homem como um ser inseparável de suas necessidades.   

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fazendo das (boas) lembranças um lugar seguro...

Quisera entender toda essa flexibilidade de personalidades. Alguém explicaria as modificações pertinentes de alguns seres humanos? O homem deveria conseguir manter certas personalidades e atitudes benéficas de modo cristalizado, de modo eterno, ao passo em que aprendessem com seus defeitos e lados negativos, por conseguinte, conseguindo compreender que não se devem levar adiante certos ensinamentos ou atos que o façam “regredir”. Sintetizando: as pessoas só deveriam mudar para melhor, pois o pior já é dito e evidenciado por ele ou pela sociedade em si. Nunca levou os ditados ao pé da letra, mas relutara em admitir: As pessoas só dão valor quando perdem... E pra dá continuidade, só valorizam quando necessitam ou ao sentirem-se arriscadas. Com todo distanciamento e modificação era inerente também, o seu modo diferenciado.

terça-feira, 3 de maio de 2011

As belas que me desculpem, mas a beleza está longe de ser fundamental!

A beleza é algo fascinante e realmente atraente, porém ela não o encantava. Quando falava da beleza se referia ao seu lado materialista. Deveriam olhá-la de modo mais humano e muito menos promíscuo. Olham-na de modo mais instintivo do que espiritual. A beleza tem culpa no cartório... Termina relacionamentos, faz juízos de valores, ela engana e torna-se enfadonha com a costumeira visão do outro. Isso mesmo!  Transforma-se apenas em uma carapaça se não houver outros atributos. Surgirão belezas “parecidas”, belezas “maiores” e até uma beleza aproximando-se do “normal” que o fará ser atraído novamente, pois o novo impressiona... Lastimava aqueles que viam tal harmonia como algo grandioso e promissor. Não! Indagava-lhes que não é! Falava de vidas! De interações entre seres humanos! Falava de sentimentos e de menos egocentrismos!E isso meu caro, não precisa da simetria da face e nem do corpo. No final, a certeza de que quem busca o belo termina a sós – quiçá com o seu espelho! Ostentava-se por não se encantar com tal altivez, porém lamentava-se pelos outros (sem pretensão de desmerecer) ao se fascinarem com tão pouco. O deslumbre pelo belo acarretou em um homem mais concreto e menos abstrato. Deixaram de conhecer e passaram a ver por artifícios. Praticidade e frieza tomaram conta dos sentimentos quando se tratam de escolher pessoas (por qualquer motivo que seja) só pelo físico aparente. O belo enfraquece e domina o ser sem perspectiva do real sentido da verdadeira busca. E quem busca semelhante perfeição termina por colecionar figuras quase que robóticas, como um álbum de figurinhas, ou melhor, como um catálogo de moda. Em suma, um colecionador de egos e vaidades. Nada contra Vinícius, mas desculpava-se antecipadamente ao constatar: beleza não é fundamental! Todos envelhecem e junto se vai tal agrado, se algo a mais não for dedicado e proposto. A busca pelo interno é a resolução da beleza eterna. Precisavam, apenas, esquecer-se do envoltório para relembrar e evocar o que é necessariamente importante.