terça-feira, 24 de agosto de 2010

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E a formula deve ser essa... Deve ser sempre está preocupado, sempre incomodar-se com algo. Deve ser a instabilidade. A mudança de rumo. Fugir do obvio. Deparar-se com o inesperado. Sentir o coração bater. Sentir a mão tremer. Ter raiva. Ter ódio. Sentir-se bobo, idiota, inútil. Mas ao final, você terá sido percebido. Reivindicado! Por que não desaforar? Nesse instante, toda essa roda de fogo estará em prova. E se tudo resistir agradeça!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010


"Hoje, temos a impressão de que tudo começou ontem. Não somos os mesmos, mas somos mais juntos. Sabemos mais uns dos outros. E é por esse motivo que dizer adeus se torna tão complicado. Digamos, então, que nada se perderá. Pelo menos, dentro de cada um."

Ps: Li hoje esse texto do grande Guimarães Rosa e me encantei com essa parte. Ela diz tanta coisa. Resume bem o que é saudade, e ao mesmo tempo, o que é felicidade. Tudo realmente passa na vida, só ficam as boas lembranças e o que guardamos no coração!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Foi ontem...

Quando a viu novamente transportou-se a sua infância. Relembrou dos momentos em que notara sua preguiça e ajudava constantemente com alguns afazeres domésticos. Fazia com o intuito de mostrar a sua sogra que deixara sua casa limpa. Olhou pra suas unhas automaticamente, ao recordar que a mesma cuidava-nas semanalmente, no máximo quinzenalmente. Sentira saudades de todos esses momentos, até mesmo quando tirava “bifes” e mais “bifes” dos seus dedos. Nesse instante, recebeu elogios da mesma, ganhou um abraço forte e apertado e ao mesmo tempo orgulhoso do que ela via a sua frente. Era sempre uma surpresa para ele surgir com esses pensamentos ao recordar-se ajudando pessoas que não possuem nenhum parentesco familiar e nem idade compatível para uma amizade. Porém, é interessante constatar o quanto era apaixonado por sua companhia, e como sempre adorou a presença de pessoas mais adultas. Ela era uma delas... Ela era desleixada, não era uma mãe zelosa, mas se pudesse a defenderia com unhas e dentes. Sabia cozinhar como poucas, vale salientar! Atualmente os filhos estão na companhia do pai. Efetivamente existem mulheres que não nasceram para ser mãe. Ela era um exemplo maior de amiga dos filhos ao invés da tradicional presença materna. Independente de tudo isso serve de alerta para repensar ao fazer um ato ou uma decisão futura. No final, o importante mesmo é ser feliz e aprender com todos os erros acometidos. Ela aparentava felicidade e mais amadurecimento. Assim ele esperava... Assim ele a desejava!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Com o retorno...

E naquele momento afirmara:

- Ganha um beijo pelo pensamento?

- Não estou pensando em nada!
 

Se falasse mais demonstraria toda sua fragilidade. Não poderia provar-se naquele momento. Poderia assustar. Estava tudo tão recente, tão novo. Preferia ficar calado, até mesmo ausente. Mas seus pensamentos eram de tristeza. Tristeza pela partida, pela volta. Pelo dia que fora consumado tão rapidamente. Tristeza em saber que só no próximo final de semana... Muitas vezes nem no próximo fim de semana. O coração pulsava, a voz trêmula, os olhos a ponto de acusar a eminência... Entretanto, sempre conseguia chegar intacto. Odiava tudo que sentia nesse momento, não por ser algo que o maltratasse, mas por ser algo novo, algo diferente. Nunca havia passado por isso, nunca se sentiu tão entregue! Tão inseguro!Hoje, isso passou um pouco... Já dizia Clarice: "A gente se acostuma..."

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Eu?

Eu já dei risada até a barriga doer,
já nadei até perder o fôlego,
já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado.  
já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto,
já conversei com o espelho,
Até já brinquei de ser famoso.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Eu Já roubei beijo,
já fiz confissões num quarto escuro pra uma amiga.
já confundi sentimentos.
Já Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro,
já me cortei fazendo a barba apressado,
já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas,
já subi em árvore pra roubar fruta,
já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas,
já escrevi no muro da escola,
já chorei sentado no chão do banheiro,
já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas.
Já corri pra não deixar alguém chorando,
já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Eu já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
já me joguei na piscina sem vontade de voltar,
já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios,
já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro,
já tremi de nervoso,
já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
já gritei de felicidade,
já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Eu já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: " - Fale sobre você mesmo"
Não sei falar de mim... Essa pergunta sempre ecoa no meu cérebro: "Eu...Eu..." Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa coisa pra falar de mim?
Não!!! Talvez porque tem gente que não sabe ainda colher sonhos!"

Uma patologia crônica

Conseguia sentir arrepios todos os dias. Agradecia a Deus por essa inata sensibilidade. Basicamente esses calafrios explicavam sua alegria de viver. Espremiam como resultado de felicidade. Quando não os sentia procurava-os com lembranças, recordações. Fatos relevantes, ou até mesmo situações banais. Isso já era o bastante para aparecerem. A simplicidade marcara mais esses momentos. São calafrios de histórias vividas, de histórias não vividas. De saudades do que passou. Saudades até daquilo que não viveu. Como um Déjà vu...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

The Secret Life of Bees


Se desculpar por algo não acometido seria outra forma de morrer.

As vezes não sentir é o único jeito de sobreviver.

A vida secreta das abelhas.
 Recomendo! É brilhante!

domingo, 1 de agosto de 2010

Nu

No momento, infelizmente, apenas a existência de um peso. De desacreditar do feito. Essa foi a pior ressaca que tivera. Tão maior quanto as que ainda virão! De certo as próximas serão mais dentro do costume, como sempre o fez. Como é o certo a ser feito! “Não se arrependas pelo que foi feito. Só pelo que não fez”. Este ditado não vigora em algumas situações delicadas. E não vigorou naquele final de semana. Resta apenas apagar, esquecer, relevar... O tempo é o único remédio efetivo. Por fim, sempre fica um ensinamento, apesar de tudo. Nunca subestime uma pessoa. Qualquer ser humano é capaz de muita coisa quando se está magoado ou quando ama a pessoa em questão. São os feitos da paixão!