Uma emenda

O que é o correto?  Não atalhar e nem fustigar o próximo é o mais íntegro! No mais, convenções e leis sempre existirão... Siga-as se achar necessário! E seja correto antes de tudo com você e com suas convicções! Esperar ser correto para os outros é o maior equívoco do ser humano. O que é correto?

“O correto é relativo. Tudo é contestável!” Ele respondeu. 

Engraçado mesmo é o extravio ou sumiço (como queiram) de objetos como isqueiros, canetas, lápis... E nesse feitiço de ocultação de seres inanimados ainda não nos habituamos com o desapego dos seres vivos... 

Pratiquemos! 

Caffè

Percebeu que fora sua primeira vez ingerindo um café puro. Sentira falta dos cafés acompanhados – doces ou amargos, mas amigos, cúmplices. Café de lembranças brandas... E de amores amaro!  Café de histórias de ontem... E de pausas para hoje. Café genuíno ao paladar, mas picante na língua. Preferia os cafés associados à risos incontidos e conversas absurdas. Cafés que queimam, acordam, atinam e unem.

Sem ênfase o Sr. Rebuscado quis chamar atenção, como se não bastasse o pleonasmo, para todo o seu requinte e aprimoramento, invalidou-se quando o Sr. Simples mostrou-se cortês, puro e sincero ao descomplicar tudo aquilo implicado. 

E ainda bem que meus dias são feitos de vida! Não sou daqueles que só procura o “mar de rosas” em dias convenientes. Minha despretensão é constante! 

E ele até hoje cheira o seu travesseiro, e isso é o mínimo...

E por mais amadurecido que esteja... O ser humano guardará consigo suas pequenas futilidades e as levará até a morte. Não importa a idade, não importam as experiências vividas. O nato e o inerente à sua personalidade estarão sempre preservados no seu “baú das trevas”. Eis que de repente, surge a sua pequena condição de ser humano!  

Amigos: eternos namorados

Meu sentimento é o mais nobre e o menos envaidecido. Não existem partidas, nem egos inflados! Podem até perguntar: e a ausência do sexo? Bem! Quando se tem cumplicidade, almas e sorrisos... Está entre quatro paredes se torna quase insignificante. 

Reticências pra ver se muda...

E atitudes representam muito! Ela pode ser linda, ter um olhar penetrante e um corpo curvilíneo, mas se a própria tratar as pessoas com decoro, o mesmo será oferecido. No máximo uma cantada respeitosa. A recíproca também acontece de forma contrária. Não precisa ser belo o suficiente nem muito menos ter um corpo escultural para receber uma cantada ou conseguir o tão sonhado “prêmio” da noite, basta apenas insinuar-se, propor-se, oferecer-se... Existe um diferencial entre se por e se colocar que altera o rumo de qualquer propósito.

Nem um pouco sagaz

Por vezes nos beijamos, outrora só bebemos e jogamos indiretas... Tem dias que te apaixono, outros te repudio! Para te possuir não posso tê-lo... É cômico vê-lo sem cartas na mesa, com a face de um menino. Perdido... "Ingênuo"... Já à espera do meu Curinga. São tentadas outras artilharias, outros métodos, entretanto nada foi proferido, porém tudo foi insinuado, compreendido. E nessa partida incessante, a sorte no jogo fala mais alto do que o acaso no amor. Porém por ser acaso torna-se suscetível a ser acidental.

Resignar-se, resolver-se, remediar-se, elevar-se... Tarefa pra poucos!

Nada do que foi feito tornou-se convencido. Certas confusões e indecisões falaram mais alto do que qualquer declaração que veio a ser feita. Os desencontros, términos sem embasamento, motivos impróprios... Tudo ficou no vácuo, assim como esse texto...  A sinceridade tornou-se escassa, ou melhor, a presença de verdade ou quiçá de argumentos, mesmo que equivocados esteve pouquíssimo de corpo presente. Atitudes dúbias, argumentos que não correspondiam aos fatos... Faltou esconder-se menos... De tudo que ficou, um mérito de agradecimento à ilusão. Ela sim abriu os olhos da percepção. Perdão, mas nada será mais aliciado... Nada e tudo: sempre serão esperados!

Adaptar: verbo valioso

E aquela minha felicidade de sempre não precisa da euforia de uma teledramaturgia. Ela é interna e quase introspectiva. Os olhos brilham... A imaginação aflora... Canto aos céus... Levito! Porém fico descalço quando inevitável...   Há graça em pôr os pés no lodo! Tenho prazer em alçar voos, mas vejo beleza em sentir a grama...  Adaptar-se é a melhor fórmula para a riqueza... A de espírito, vale salientar! 

Constatação

E entre idas e vindas constato certezas que por vezes se dissipam... Reparamos a renovação de sentimentos com uma nova paixão, mas nos espantamos com um provável engano. Atentamos que realmente ninguém é de ninguém, porém tratamos alguns como algo concreto. Como posse! Constato que criar expectativas faz mal à saúde e “TER” é um verbo forte para os que procuram uma felicidade errônea. A única certeza que tenho é que vivo meus últimos momentos, afinal todo momento pode ser o derradeiro. E o que fica de mais belo ou o que levamos de mais grandioso não é visível nem pela Iris mais sublime.

Tire esse medo bobo em fazer coisas tolas de vez em quando. É isso que te sustenta! É isso que te liberta! Ouse!

Regido por Vênus

Vou procrastinando inconscientemente... Prorrogo tudo que acho pesado e árduo... Arrumar o quarto sempre é tarefa pra depois! Algum teste à vista: a véspera é consumada... Imaginar um cansaço físico é protelação na certa! O que fazer? Fiz-me taurino... E a única constatação que tomo como atitude imediata é a de viver... Isso nunca deixo pra depois! Por isso perdoem todos os meus desfalques. Como tal do zodíaco penso demais e acabo por preferir a brisa que passa ao lado do tufão... Entretanto se tudo estiver em desordem, como meu cômodo preferido, prontifico jogar supérfluos dentro do guarda-roupa, fechar a alcova e sair para única determinação que me despende: SER FELIZ! Do que é válido, jamais renuncio! 

Então vamos ao que interessa... Super poderes cairiam bem ao seu interesse no momento. Quem soubera virar uma mosca?  Ou alguma fórmula para uma certeira teletransportação, quiçá um domínio telepático... O seu principal desejo era fazer-se anjo vez ou outra. Era velá-lo com a máxima intuição de um anjo, com a mínima percepção de sua guarda...    

Pra ser sincero...

Bateu uma angústia quando te vi partindo... Longe de causar algum incômodo, mas confesso que prendi o choro! Nessas horas prefiro uma despedida curta e direta. Revelo que te necessitava por mais tempo, entretanto as melhores situações não se cristalizam... É necessário ir! Necessário pra vida, necessário pra mim e necessário pra que esse encanto continue... Ficou uma ingenuidade que eu tentava conter, ficou certa magia no meu olhar. Ficou um sentimento de querer bem, ao passo que doía quando o horizonte tornou-se fragmentado. Eu fui um menino nesse momento, mas o guardei em mim. E só guardei pra mim... 

Conexão

Faço-me otimista e positivo, mas definitivamente tudo se encontra vinculado intimamente, até os sentimentos mais opostos. Ao olhar positivo foi abdicado o negativismo vivenciado. Deparar com o otimismo atual é constatar certos derrotismos ultrapassados... Ninguém é feliz ou triste em vão, muito menos por escolha... Tudo tem seu propósito, suas histórias, seus detalhes... Nada está solto! Nada está isolado! Deve ser a influência genética, deve ser o zodíaco, devem ser os tropeços... Deve ser meu eu! Deve ser tanta coisa! 

FRASES

Limite-se às frases ilimitadas. Às frases abrangentes, frases permissivas, frases livres... Limite-se às frases em metamorfose. Frases com desordem, frases abstratas. O certo não está definido. O errado é sempre bem-vindo. Nada pode ser cristalizado e o tempo é curável... Limite-se às frases soltas, às frases loucas... Não adote frases de efeito... Tudo tem seu tempo e não existe efeito que dê jeito em tudo! 

Por que isso te inquieta menino? Quem disse que você tem de ser alguém? Não entre nessa! Você tem que ser você menino! Ser alguém leva-nos a pensar em ser outro... Em ser algo sem ser-nos realmente.  Cuidado com esse jogo dissimulado! O caminho poderá ser tortuoso... A felicidade está em você menino... Não está em ser alguém! Não está em ninguém! Se leve com a vida... Mas se leve com você!   

Deixando acontecer

E foi tudo como você queria... Foi tudo como você pediu! A distância, os desencontros e o tratar como opção.. E tudo foi “muito bem, obrigado!”, quando se era cômodo! Os abraços, as vontades, as dependências e suas empolgações repentinas. Ainda vi um cansaço impregnado quase que rotineiramente. Em um poço de instabilidades me fiz grato e ainda me faço! Grato pela força, coragem e determinação conseguidas quando não fui visto como prioridade. Poderia está mais distante, mais exigente, mais receoso e com mais pudores em relação às pessoas... Mas não! Hoje dou muito mais valor aos que exigem minha presença... Benditos são os que me tratam com primazia, pois a recíproca acontece sem esforços convenientes.

Um título expressivo, por favor!

Seu medo não foi deixar de amar. O amor transmutava-se em outras formas benéficas... Sua fobia não estava na privação de pessoas e situações. É inerente a transitoriedade das coisas. Tudo se tornaria insolvente... O medo real é perder a sensibilidade com o tempo. Sua maior fobia é a ausência de uma agitação satisfatória. Nesse instante de alarde, o medo tornou-se presente quando se esvaiu uma história premeditada eterna... Não esqueças! Assim como o tempo, o fim é constante. Faça dos segundos memoráveis... Faça de cada detalhe imperecível... 

Adulto

Esse tão sonhado prêmio traz consigo a impertinência e a sisudez de uma vida. Cobrarão-te valores, e responsabilidades serão impostas beirando a uma notificação. Não tem como voltar atrás... Jogarão-te numa competição, exigirão resultados e esperarão teus lucros sendo visualizados através de bens duráveis, porém descartáveis, já que te cobrarão a atualização dos mesmos novamente. Procurava um significado em sê-lo... Por isso, tente ao máximo incluir um sorriso, uma fantasia e a tão sonhada fábula que você fez questão de abdicar. Hoje você ver o sentido em tê-la novamente, pois ainda não achou um sentido humano em ignorar a beleza do abstrato, achando que o concreto te saciaria. 

Quisera ser nômade, um índio em seu grau mais extremo, um camponês em que o essencial era apenas o fisiológico, o lado mais instintivo. Tornou-se a lenda da lenda ser "Peter Pan" hoje em dia, mas a maior ilusão está em achar que esse prêmio seria um sonho...

1º de muitos...

Existe uma ressaca chamada saudade e essa não tem sintomas aparentes, nem causa dor física... Quando falo das ressacas propriamente ditas, junto com elas vêm histórias, promessas e emoções. Esse foi meu primeiro carnaval em Salvador de muitos outros... E não faço questão de está em Salvador se não for com vocês que estiveram comigo e fez dessa viagem mais que especial. E tudo ficou marcado na minha mente e no coração, principalmente:

Bárbaraaaa!, “não me provoque”, “anda devagar, Francisca!”, “vou lhe agredir fisicamente, verbalmente, sexualmente e financeiramente”, “me ajude, por favor!”, “ não medirei esforços” , “que que isso?”, e o inesquecível “MINHA AMIIIIIIIGA!”.

Ps: Como já disse anteriormente, ano que vem levem protetor auricular e um nasal por que eu passei mal! Tenho dito! ;)

Deixa a festa acabar, deixa o barco correr...

Não me refiro às loucuras irresponsáveis, nem a promiscuidade gratuita, quiçá aos dias de folgas tão clamados... A eternidade do carnaval deveria está no encontro casual entre princesas, heróis e figuras folclóricas. Eternidade na mistificação e fantasia, abdicando aquela rotina de sisudez. Eterno deveria ser o embate pacífico entre "Batman" e "Curinga", por exemplo. Sem bem ou mal... Sem certo ou errado... Eternidade a leveza no respeito entre as diferenças, em que homens se vestem de mulheres, brancos se pintam de negros, sem pestanejar qualquer tipo de discriminação ou preconceito. Que seja eterno essa alegria carnavalesca quase que intimada.  

Contra argumentos desnecessários nada melhor que calar-se! 

E que não fique claro! Tenho todas as faces possíveis... Não se espante ao ver o melhor ou o pior quando for necessário. Ao nascer me detectaram como um ser indefinido. Porém, com tanta indefinição, com tantas faces e com tantas sutilezas me fiz tolerante e adaptativo. É passado o tempo de moderar-se por conta de terceiros. De agradar o que nunca será agradado. É tempo de ser, até mesmo sem sê-lo vez ou outra. Não serei rude ao me deparar com outras expressões...

Há uma escassez em criar vínculos. Existe uma falta em está presente... Já dizia Newton, que toda ação tem uma reação. Temos aquilo que recebemos... E isto, meu caro faz toda a diferença!

Por terceiros

"O melhor vem de dentro de seus olhos... Eles falam! Eles falam do que você precisa, o que você quer, o que você acha sobre o que vê e o que você procura. O que seu olhar passa vai além dos que vêem. Vêem a alma do ser olhado. Não é preciso pedir... Falar... Eles nos transmitem o q dever ser feito. Sempre achei você parecido com o mar... Você é a cara do mar... Porque o mar dá paz e ao mesmo tempo o medo... Armadilhas... É como se não fosse muito seguro se entregar, se permitir diante da grandeza dele. Demais pra um pescador que sabe que hoje pode ser a vez do mar e se entrega a ele e nunca mais poderá voltar... Mas sempre achei que naquelas tardes (diante do mar), faltava alguém... Era você!"

Por um mundo psicodélico!

Certas coisas foram feitas para serem omitidas, outras para serem declaradas e algumas para serem subentendidas. Por vezes, via tudo tão sujo... Foi chocando-se com certas situações que deparou sua posição. Na verdade todos estavam diante de um protagonista que preferia ser um espectador ou mero figurante. Preferia esta na posição de ouvinte... Era daqueles que admirava a fantasia à realidade, a metáfora do que a nítida pornografia. Via-se conservador demais para os dias atuais, velho demais para certos pensamentos anarquistas, e um tanto transgressor em constatar que viver vai além de dois corpos suados em uma cama, ou uma coleção de seres inanimados de luxo... Quisera entender o porquê de tanta pressa...  O porquê de ter diversas bocas e vários beijos... Essa precipitação em ter todos, mas mostrar-se ausente... Esse contato humano limitado até onde iria? Que vontade louca de ter histórias vazias para contar de superficialidades, ao tratar pessoas como uma anatomia do corpo humano. Admitia que a beleza fascinasse, mas histórias repetidas cansam... Tudo se resumia ao tamanho do bíceps ao avantajado quadríceps. Encontrara tantos lugares e tantas pessoas... A realidade o encantava, por mais dura quão seja e encantava-se primordialmente com demonstrações de sentimentos, daqueles que não se vêem mais ou pra muitos se tornaram descartáveis ou piegas. Repetições de futilidades, carapuças e promiscuidades são cansativas quando não ocorre uma transgressão para uma visão mais amadurecida. Não falava com a pretensão de ser melhor que os outros, falava por que é sempre necessário criar vínculos, sem esses artifícios atuais. Sua felicidade não se resumia as coisas concretas. Ela transcendia!

Foi assim com o coração...

E quando pensou que saberia de tudo... Que detinha os principais amadurecimentos e experiências eis que surge aquela cartela com inúmeras cores mostrando um escarlate.

-Ora! Mas escarlate não é vermelho?

É meu caro! Mas as cores têm nuances... Da mesma forma são as pessoas. Da mesma forma é você!

Não sabia na verdade, que o riso precisava do choro e vice-versa. Era preciso chorar para enaltecer o lado cômico da vida. Nesse momento recordara-se da ultima vez que teve um ataque de risos eufóricos. Riu até chorar... Foi aí que ele entendeu! Talvez o choro clamasse a vontade de não perder a felicidade, clamasse por rir novamente! Talvez o choro fosse necessário...

" Lá vem, lá vem, lá vem de novo..."

Em dias de sentimentos estranhos. De choros sem motivos evidentes. De risos incontidos de lembranças recentes... 


-Mas certas músicas... Quão poderosas são! Misturam risos de libertações com choros sufocados. Ele retrucava. 


Duvidara o porquê dos choros... Ah! Mas os risos... Tinha total convicção da sua origem. O que o faz rir é o que o faz ser! São os afetos colhidos e a extrema paixão pela vida. Então, quais razões aparentes para essa tal “bipolaridade”? Desculpem sua “tranqüila inquietude”, mas deparava-se com uma provável escassez, necessidade, ausência, privação... E como uma conta matemática, por usar tanto sua praticidade e razão, ele teve como resultado a CARÊNCIA. 

O tempo...

São poucas as certezas de que temos na vida, se é que podemos dizer que existe alguma. Das coisas que já vivi sei apenas que tudo passa e dificilmente uma situação vai se repetir em nossas trajetórias. Sejam bons ou ruins, nossos momentos não acontecem duas vezes.

Compreendo que o que passou não possa voltar. Talvez quem inventou esse mundo tão dinâmico tenha razão, que chato seria se pudéssemos retornar e colocar cada palavra dita ou ocultada no seu devido lugar. Por outro lado, que ruim aprender com nossos erros e não pôr logo em pratica as lições.

Não quero só olhar para trás e lembrar com carinho de tudo que vivi. Quero rir de cada situação patética, doce, vergonhosa, alegre e até triste. Porém, sem deixar nenhuma vivência pela metade. Não quero pensar no que poderia ter sido e ficou inacabado. Da certeza de que nada pode ser igual, resta-nos apenas o consolo de que tudo que está por vir pode ser ainda melhor do que o que um dia foi.

Nesse universo de constantes transformações a única garantia que posso dar é a de que eu sou o que sou. Meu caráter, minha personalidade, meus sentimentos... Pessoas passaram em minha vida, sentimentos foram renovados, fiz novas amizades e solidifiquei as antigas. Hoje posso estar com alguns quilos a mais, posso estar mais chato diante de certas situações, coloquei-me até no direito de fumar cigarro de vez em quando, porém tudo foi feito conscientemente compreendendo as possíveis consequências. Agradeço por situações e atitudes minhas e de terceiros, pois tudo isso só me fez mais autêntico. E assim se segue a vida. Com o tempo, os conceitos mudam... Os sonhos mudam... Os planos mudam... Mas não se mudam princípios e valores... Mudei, entretanto continuo o mesmo...