terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Por terceiros

"O melhor vem de dentro de seus olhos... Eles falam! Eles falam do que você precisa, o que você quer, o que você acha sobre o que vê e o que você procura. O que seu olhar passa vai além dos que vêem. Vêem a alma do ser olhado. Não é preciso pedir... Falar... Eles nos transmitem o q dever ser feito. Sempre achei você parecido com o mar... Você é a cara do mar... Porque o mar dá paz e ao mesmo tempo o medo... Armadilhas... É como se não fosse muito seguro se entregar, se permitir diante da grandeza dele. Demais pra um pescador que sabe que hoje pode ser a vez do mar e se entrega a ele e nunca mais poderá voltar... Mas sempre achei que naquelas tardes (diante do mar), faltava alguém... Era você!"

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Por um mundo psicodélico!



Certas coisas foram feitas para serem omitidas, outras para serem declaradas e algumas para serem subentendidas. Por vezes, via tudo tão sujo... Foi chocando-se com certas situações que deparou sua posição. Na verdade todos estavam diante de um protagonista que preferia ser um espectador ou mero figurante. Preferia esta na posição de ouvinte... Era daqueles que admirava a fantasia à realidade, a metáfora do que a nítida pornografia. Via-se conservador demais para os dias atuais, velho demais para certos pensamentos anarquistas, e um tanto transgressor em constatar que viver vai além de dois corpos suados em uma cama, ou uma coleção de seres inanimados de luxo... Quisera entender o porquê de tanta pressa...  O porquê de ter diversas bocas e vários beijos... Essa precipitação em ter todos, mas mostrar-se ausente... Esse contato humano limitado até onde iria? Que vontade louca de ter histórias vazias para contar de superficialidades, ao tratar pessoas como uma anatomia do corpo humano. Admitia que a beleza fascinasse, mas histórias repetidas cansam... Tudo se resumia ao tamanho do bíceps ao avantajado quadríceps. Encontrara tantos lugares e tantas pessoas... A realidade o encantava, por mais dura quão seja e encantava-se primordialmente com demonstrações de sentimentos, daqueles que não se vêem mais ou pra muitos se tornaram descartáveis ou piegas. Repetições de futilidades, carapuças e promiscuidades são cansativas quando não ocorre uma transgressão para uma visão mais amadurecida. Não falava com a pretensão de ser melhor que os outros, falava por que é sempre necessário criar vínculos, sem esses artifícios atuais. Sua felicidade não se resumia as coisas concretas. Ela transcendia!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Foi assim com o coração...

E quando pensou que saberia de tudo... Que detinha os principais amadurecimentos e experiências eis que surge aquela cartela com inúmeras cores mostrando um escarlate.

-Ora! Mas escarlate não é vermelho?

É meu caro! Mas as cores têm nuances... Da mesma forma são as pessoas. Da mesma forma é você!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Não sabia na verdade, que o riso precisava do choro e vice-versa. Era preciso chorar para enaltecer o lado cômico da vida. Nesse momento recordara-se da ultima vez que teve um ataque de risos eufóricos. Riu até chorar... Foi aí que ele entendeu! Talvez o choro clamasse a vontade de não perder a felicidade, clamasse por rir novamente! Talvez o choro fosse necessário...

" Lá vem, lá vem, lá vem de novo..."


Em dias de sentimentos estranhos. De choros sem motivos evidentes. De risos incontidos de lembranças recentes... 


-Mas certas músicas... Quão poderosas são! Misturam risos de libertações com choros sufocados. Ele retrucava. 


Duvidara o porquê dos choros... Ah! Mas os risos... Tinha total convicção da sua origem. O que o faz rir é o que o faz ser! São os afetos colhidos e a extrema paixão pela vida. Então, quais razões aparentes para essa tal “bipolaridade”? Desculpem sua “tranqüila inquietude”, mas deparava-se com uma provável escassez, necessidade, ausência, privação... E como uma conta matemática, por usar tanto sua praticidade e razão, ele teve como resultado a CARÊNCIA

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O tempo...


São poucas as certezas de que temos na vida, se é que podemos dizer que existe alguma. Das coisas que já vivi sei apenas que tudo passa e dificilmente uma situação vai se repetir em nossas trajetórias. Sejam bons ou ruins, nossos momentos não acontecem duas vezes.

Compreendo que o que passou não possa voltar. Talvez quem inventou esse mundo tão dinâmico tenha razão, que chato seria se pudéssemos retornar e colocar cada palavra dita ou ocultada no seu devido lugar. Por outro lado, que ruim aprender com nossos erros e não pôr logo em pratica as lições.


Não quero só olhar para trás e lembrar com carinho de tudo que vivi. Quero rir de cada situação patética, doce, vergonhosa, alegre e até triste. Porém, sem deixar nenhuma vivência pela metade. Não quero pensar no que poderia ter sido e ficou inacabado. Da certeza de que nada pode ser igual, resta-nos apenas o consolo de que tudo que está por vir pode ser ainda melhor do que o que um dia foi.


Nesse universo de constantes transformações a única garantia que posso dar é a de que eu sou o que sou. Meu caráter, minha personalidade, meus sentimentos... Pessoas passaram em minha vida, sentimentos foram renovados, fiz novas amizades e solidifiquei as antigas. Hoje posso estar com alguns quilos a mais, posso estar mais chato diante de certas situações, coloquei-me até no direito de fumar cigarro de vez em quando, porém tudo foi feito conscientemente compreendendo as possíveis consequências. Agradeço por situações e atitudes minhas e de terceiros, pois tudo isso só me fez mais autêntico. E assim se segue a vida. Com o tempo, os conceitos mudam... Os sonhos mudam... Os planos mudam... Mas não se mudam princípios e valores... Mudei, entretanto continuo o mesmo...