quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ser adulto?


Uma alto-avaliação, realmente chegara à conclusão de seus defeitos. Enfim deparava-se com toda a sua infantilidade. As comparações mostravam, as pessoas falavam, até o próprio constatava... Por incrível que pareça desejava suas atitudes anteriores, por vezes fria, indiferente, porém “despreocupada”. Desejara pensar antes de agir como sempre o fez. Ou desejara pensar, pensar, pensar... E não agir. Com os acontecimentos notara como, às vezes é bem salutar apresentar-se de mãos atadas, e não agir. Manter-se um robô para certos aborrecimentos. Na linha da etiqueta e dos bons costumes. Ser etiquetado!Nessas horas surgiria uma dúvida: o que seria mostrar-se adulto? Seria encobrir certas raivas e rancores pra mostrar-se acima de tudo? Seria provar uma boa conduta, não demonstrando a realidade? O terrível desfecho: demonstrar-se adulto seria ser hipócrita? Ser adulto, costumeiramente, tornou-se ser individualista, falso, em partes, e racional, em sua grande maioria. Deve ser por essas e mais outras, que sentira saudades de sua infância. De poder brincar sem julgamentos, de poder falar o que pensa, de não ter maldades com o próximo. De usar a emoção de forma impulsiva. Ser verdadeiro, sem egocentrismos, típico dos adultos. As crianças dão aulas de coletivismo. Não fora a esperteza dos adultos que o fizera ser. Aprendera com a ingenuidade que a infância permite. E é com a ingenuidade que aprende até hoje.

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