quarta-feira, 14 de julho de 2010

Curta metragem

Encostou a cabeça em seus ombros e adormeceu. Continuara acordado... Naquele instante pensara em toda aventura percorrida. Todas as loucuras feitas... E como foi arriscado. Risco, não pela sua vida, por mais que tudo parecesse novo e recente, não tivera medo disto. O medo era de arriscar os sentimentos... Entregar-se ao inédito! De ir à algo que achara casual, descompromissado e mostrar-se apreensivo consequentemente. Nesse momento não conteve as lágrimas. Lágrimas de felicidade com toda situação. Lágrimas da despedida aproximada. Lágrimas interrogativas. Não sabia o que viria... Tudo era uma incógnita... Sabia que como um sonho, tudo iria terminar com o retorno, mas não era o que desejava. Não como o final de um sentimento, mas como finalização de uma história, ou pelo menos, a interrupção da mesma. Em instantes de insanidade almejava uma mudança. Viver uma nova vida. Não queria regressar! Passara um bom tempo acordado pensando em toda trajetória. Ao desembarcar a realidade, fora deixado parte daquela película. Aos poucos, a sinopse mudara de aventura à comédia romântica, ou até mesmo um drama, dependendo do referencial. E assim, ressurgia o outono, agora que o verão passou.

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