sexta-feira, 3 de junho de 2011

Déjà vu programado

Às vezes imagino você entrando pela porta com a mesma aparência de sempre. Pegara seus pertences e teria uma provável conversa monossilábica ao ser insistida por uma retórica, mais uma vez maçante, do receptor à sua frente. Ah mas sua reação! Seria aquela aguardada de sempre! Provavelmente você iria ser aquele criado-mudo que fica ao lado da minha cama... Posso abrir suas gavetas, tentar vasculhar o que tem no seu interior, mas irei encontrar mais confusão, mais bagunça, ou até mesmo encontrá-la vazia. Móvel volúvel e volátil! E eu? Sempre eu! O chato que maltratava o vitimado antagonista. Sempre procurei entender tudo! Será que esse foi o erro? Tem coisas que não foram feitas para serem entendidas! O sentimento é uma delas... Pensei que o fato de amar pudera ser suficiente, porém os amores não estão associados a futuros promissores com a pessoa quista. Relacionamentos findam ainda amando e continuam mesmo sem amor. Contradições meu caro! A visão cega e o comodismo não me agradam, logo não sei dá continuidade a algo sem amor ou com sentimento conturbado. Admito! Sou ansioso e precipitado, porém cansava às vezes carinho, às vezes frigidez. Às vezes comunicação, às vezes arrogância. Às vezes confiança, e por vezes indecisão. Às vezes presença, às vezes ausência. Às vezes isso, às vezes aquilo... Até que me acostumei com seus “às vezes”, mas sempre não! Só às vezes... Me economize! 

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