segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pretérito imperfeito


Acostumemos com as pequenas mortes... As pequenas mortes seria sua definição para todas as rupturas indesejadas que fazemos na vida. Laços desfeitos... Relacionamentos que findam à estagnação. Despedidas necessárias! As pequenas mortes, em suma, estão relacionadas aos desapegos executados.Tudo passa, conseguintemente tudo se vai! Por vezes essa afirmação torna-se dolorosa, outrora se mostra confiante, otimista, reveladora... Mais uma vez, sua inquietude por não conseguir manter tudo que é satisfatório de modo sólido e perene. Seriam as pequenas mortes um aviso para uma melhor “aceitação” da passagem definitiva? Ou as pequenas mortes seriam algo até mais cruciante do que uma morte propriamente dita? Possivelmente! Finalizar algo em vida torna-se mais massacrante, pois o ato concluído ainda permanece presente. Beira quase a uma tortura psicológica! Existe um “consolo” na morte, ao passo em que não pode ser feito mais nada, a não ser dedicar uma boa “partida” à pessoa em questão, ao contrário dessas minúsculas, porém grandes perdas que se encontram à espreita, pelo menos por um período... As pequenas mortes é algo reticente, por isso toda ânsia em não vivenciá-las, sendo o homem um ser tão mutável.  Somos presos às boas lembranças, à saudades, à histórias benéficas. Somos presos a um passado que se encontra ainda presente! Na verdade, ele nem passou... Por isso é sempre necessário ratificar: tudo passa! O tempo é a melhor posologia! O tempo é superador!

Nenhum comentário:

Postar um comentário