terça-feira, 3 de maio de 2011

As belas que me desculpem, mas a beleza está longe de ser fundamental!

A beleza é algo fascinante e realmente atraente, porém ela não o encantava. Quando falava da beleza se referia ao seu lado materialista. Deveriam olhá-la de modo mais humano e muito menos promíscuo. Olham-na de modo mais instintivo do que espiritual. A beleza tem culpa no cartório... Termina relacionamentos, faz juízos de valores, ela engana e torna-se enfadonha com a costumeira visão do outro. Isso mesmo!  Transforma-se apenas em uma carapaça se não houver outros atributos. Surgirão belezas “parecidas”, belezas “maiores” e até uma beleza aproximando-se do “normal” que o fará ser atraído novamente, pois o novo impressiona... Lastimava aqueles que viam tal harmonia como algo grandioso e promissor. Não! Indagava-lhes que não é! Falava de vidas! De interações entre seres humanos! Falava de sentimentos e de menos egocentrismos!E isso meu caro, não precisa da simetria da face e nem do corpo. No final, a certeza de que quem busca o belo termina a sós – quiçá com o seu espelho! Ostentava-se por não se encantar com tal altivez, porém lamentava-se pelos outros (sem pretensão de desmerecer) ao se fascinarem com tão pouco. O deslumbre pelo belo acarretou em um homem mais concreto e menos abstrato. Deixaram de conhecer e passaram a ver por artifícios. Praticidade e frieza tomaram conta dos sentimentos quando se tratam de escolher pessoas (por qualquer motivo que seja) só pelo físico aparente. O belo enfraquece e domina o ser sem perspectiva do real sentido da verdadeira busca. E quem busca semelhante perfeição termina por colecionar figuras quase que robóticas, como um álbum de figurinhas, ou melhor, como um catálogo de moda. Em suma, um colecionador de egos e vaidades. Nada contra Vinícius, mas desculpava-se antecipadamente ao constatar: beleza não é fundamental! Todos envelhecem e junto se vai tal agrado, se algo a mais não for dedicado e proposto. A busca pelo interno é a resolução da beleza eterna. Precisavam, apenas, esquecer-se do envoltório para relembrar e evocar o que é necessariamente importante.

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