segunda-feira, 20 de setembro de 2010

e o que temos...

Sempre chega a hora da solidão



Sempre chega a hora de arrumar o armário



Sempre chega a hora do poeta a plêiade



Sempre chega a hora em que o camelo tem sede



O tempo passa e engraxa a gastura do sapato



Na pressa a gente não nota que a Lua muda de formato



Pessoas passam por mim pra pegar o metrô



Confundo a vida ser um longa-metragem



O diretor segue seu destino de cortar as cenas



E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos



E já não vai mais ao cinema



A idade aponta na falha dos cabelos



Outro mês aponta na folha do calendário



As senhoras vão trocando o vestuário



As meninas viram a página do diário



O tempo faz tudo valer a pena



E nem o erro é desperdício



Tudo cresce e o início



Deixa de ser início



E vai chegando ao meio



Aí começo a pensar que nada tem fim...

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